CANTO DAS COMUNIDADES (Pedro Peixinho)
Dei um BOM CONSELHO, por CONVENIÊNCIA,
Ao velho CARRANCUDO, todo apaixonado...
Pela moça BARRIGUDA, que PACIÊNCIA...
Inda ter que consertar meu CARRO QUEBRADO...
Cê que tá ESCONDIDO atrás da PEDRA GRANDE,
Fique CALADINHO pra não ter desgraça,
A CANGALHA tá pesada, já não tem quem ande,
Nem quem dê uma VOLTA no meio da PRAÇA...
Dei um BOM CONSELHO, por CONVENIÊNCIA,
Ao velho CARRANCUDO, todo apaixonado...
Pela moça BARRIGUDA, que PACIÊNCIA...
Inda ter que consertar meu CARRO QUEBRADO...
Cê que tá ESCONDIDO atrás da PEDRA GRANDE,
Fique CALADINHO pra não ter desgraça,
A CANGALHA tá pesada, já não tem quem ande,
Nem quem dê uma VOLTA no meio da PRAÇA...
Por cima da TRAVESSA da casa CAIADA,
Vi o CAVALO MORTO no PASTO DOS BOIS,
Ouvi o PAPAGAIO, que tagarelada,
Com os CAITITÚS, n'era um nem dois...
TAMANDUÁ bebia no CALDEIRÃOZINHO,
Cabrito ENJEITADO na LAGOA DO MEIO,
O velho TIGRE, tão sozinho, que coitadinho...
Então a MARIA PRETA desolada veio...
Que MARAVILHA o nadar do PEIXE,
E o INCHÚ rodeando as FLORES,
Nossa TERRA NOVA não tem quem a deixe,
Com tantas BOAS VISTAS e com tantas cores...
Quebrei OURICURI embaixo do UMBUZEIRO,
Comi um bode assado que tava SALGADO,
Tomei banho gostoso no RIACHO DO JUAZEIRO,
Subi a PEDRA DA ONÇA e a SERRA DO SOBRADO...
Plantei no meu ROÇADO uma CANABRAVA,
Olhei o por do sol e vi um arco íris,
E toda a natureza assim contemplava,
Por sobre a TESTA BRANCA da LAGOA DO PIRES...
Valei-me meu SÃO PAULO e meu senhor SÃO BENTO,
Ajude-me SANTANA, oh meu SÃO JOSÉ,
Nós vamos pro ARRAIAL até de jumento,
Pra galgar o PAREDÃO com uma SANTA FÉ...
Vi o CAVALO MORTO no PASTO DOS BOIS,
Ouvi o PAPAGAIO, que tagarelada,
Com os CAITITÚS, n'era um nem dois...
TAMANDUÁ bebia no CALDEIRÃOZINHO,
Cabrito ENJEITADO na LAGOA DO MEIO,
O velho TIGRE, tão sozinho, que coitadinho...
Então a MARIA PRETA desolada veio...
Que MARAVILHA o nadar do PEIXE,
E o INCHÚ rodeando as FLORES,
Nossa TERRA NOVA não tem quem a deixe,
Com tantas BOAS VISTAS e com tantas cores...
Quebrei OURICURI embaixo do UMBUZEIRO,
Comi um bode assado que tava SALGADO,
Tomei banho gostoso no RIACHO DO JUAZEIRO,
Subi a PEDRA DA ONÇA e a SERRA DO SOBRADO...
Plantei no meu ROÇADO uma CANABRAVA,
Olhei o por do sol e vi um arco íris,
E toda a natureza assim contemplava,
Por sobre a TESTA BRANCA da LAGOA DO PIRES...
Valei-me meu SÃO PAULO e meu senhor SÃO BENTO,
Ajude-me SANTANA, oh meu SÃO JOSÉ,
Nós vamos pro ARRAIAL até de jumento,
Pra galgar o PAREDÃO com uma SANTA FÉ...